Filosofia Medieval

A filosofia medieval teve influência da filosofia grega, porém se concentrou em questões do cristianismo.


São Tomás de Aquino: importante filósofo cristão da Idade Média
São Tomás de Aquino: importante filósofo cristão da Idade Média

 

O que é

 

Podemos chamar de Filosofia Medieval a filosofia que se desenvolveu na Europa durante a Idade Média (entre os séculos V e XV). Como este período foi marcado por grande influência da Igreja Católica nas diversas áreas do conhecimento, os temas religiosos predominaram no campo filosófico.


Características e principais questões debatidas e analisadas pelos filósofos medievais:

 

Relação entre razão e fé.

 

Existência e natureza de Deus.

 

Fronteiras entre o conhecimento e a liberdade humana.

 

A questão do livre arbítrio.

 

A lógica aristotélica.

 

Os limites do conhecimento.

 

A existência do mal.

 

Individualização das substâncias divisíveis e indivisíveis.

 

Grande parte dos filósofos medievais defenderam a ideia de que o conhecimento pode ser ensinado para as pessoas.

 

Imagem medieval do filósofo Pedro Lombardo

Pedro Lombardo (1100-1160): teólogo e filósofo escolástico italiano.




Principais estágios da Filosofia Medieval:


1. Patrística: a transição para o Mundo Cristão (século V e VI)

 

Muitos pensadores deste período defendiam que a fé não deveria ficar subordinada a razão.

 

Porém, um importante filósofo cristão não seguiu este caminho. Santo Agostinho de Hipona (354 – 430) buscou a razão para justificar as crenças. Foi ele quem desenvolveu a ideia da interioridade, ou seja, o homem é dotado da consciência moral e do livre arbítrio.



2. Escolástica (século IX ao XIV)

 

Foi um movimento que pretendia usar os conhecimentos greco-romanos para entender e explicar a revelação religiosa do cristianismo.  As ideias dos filósofos gregos Platão e Aristóteles adquirem grande importância nesta fase. 

 

Os teólogos e filósofos cristãos começam a se preocupar em provar a existência da alma humana e de Deus.

 

Para os filósofos escolásticos a Igreja possuía um importante papel de conduzir os seres humanos à salvação.

 

No século XII, os conhecimentos passam a ser debatidos, armazenados e transmitidos de forma mais eficiente com o surgimento de várias universidades na Europa.

 

Principais representantes: Anselmo de Cantuária, Albertus Magnus, São Tomás de Aquino, Roger Bacon, John Duns Scotus e Guilherme de Ockham.

 

Pintura de São Tomás de Aquino
São Tomás de Aquino: um dos principais pensadores medievais.




Principais obras filosóficas da Idade Média:

 

- Cidade de Deus (Santo Agostinho)

 

- Confissões (Santo Agostinho)

 

- O livro da Cura (Avicena)

 

- Suma Teológica (São Tomás de Aquino)

 

- Livro das Sentenças (Pedro Lombardo)

 

- Proslogion (Anselmo de Cantuária)

 

- Cinco provas da existência de Deus (São Tomás de Aquino).

 

Anselmo da Cantuária, vitral

Anselmo de Cantuária (1033-0109): importante filósofo da fase da Alta Escolástica. Foi monge católico e tornou-se santo, após ser canonizado em 1720. É considerado também o fundador do escolasticismo (Filosofia Escolástica).

 

 




Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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Bibliografia e vídeos indicados:

 

Fontes de referência do artigo:

 

- CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2017.

- GILSON, Etienne. A Filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1995.



Vídeo indicado no YouTube:

- FILOSOFIA ILUSTRADA: MEDIEVAL - Canal Parabólica


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