O que foram
Os Atos de Navegação (1651 e 1660) foram atos do Parlamento destinados a promover a autossuficiência do Império Britânico, restringindo o comércio colonial à Inglaterra e diminuindo a dependência de produtos estrangeiros importados. Constituiu-se uma das mais importantes atitudes políticas tomadas pelo governo de Oliver Cromwell.
Lei de Navegação de 1651
Visava principalmente aos holandeses, e exigia que todo o comércio entre a Inglaterra e as colônias fosse realizado em navios ingleses ou coloniais. Com isso, o governo inglês pretendia supervisionar as importações e exportações da Inglaterra, limitar as importações para dar uma vantagem aos manufaturados e comerciantes britânicos, fechar a entrada da maioria dos navios estrangeiros em portos ingleses e coloniais e reforçar a supervisão econômica nas colônias.
Lei de Navegação de 1660
Teve como intuito continuar as políticas estabelecidas no ato de 1651 e determinou que certos artigos, tais como açúcar, tabaco, algodão, lã, índigo e gengibre, deveriam ser enviados apenas para a Inglaterra ou para uma província inglesa.
Consequências principais:
- Esses atos resultaram na guerra anglo-holandesa em 1652 e, além disso, criaram reduções sérias no comércio das colônias, que acabaram recorrendo ao contrabando. As violações dos Atos de Navegação levaram à aprovação do Plantation Duty Act de 1673, um dos fatores que levaram à Rebelião de Culpeper.
- Outra conseqência foi a abertura comercial para o Mar Báltico, a Rússia e o continente africano.
- Os Atos de Navegação também possibilitou significativo acúmulo de capital na Inglaterra, que foi um fator muito favorável para o início da Revolução Industrial no país.
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Oliver Cromwell (pintura de Robert Walker, 1649). |
Última revisão: 14/09/2020
Revisado por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
Fontes de referência:
- LINHARES, Maria. História Geral e do Brasil: São Paulo: GEN LTC, 2016.
- ARRUDA, José Jobson de Andrade; PILETTI, Nelson. Toda a História. História Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2007.