Absolutismo na Espanha

Durante o século XVIII, a Espanha foi governada por diversos monarcas absolutistas.


Carlos III: um dos principais representantes do absolutismo na Espanha
Carlos III: um dos principais representantes do absolutismo na Espanha

 

Contexto histórico

 

O absolutismo monárquico espanhol se consolidou no início do século XVIII, no contexto da Guerra da Sucessão da Espanha (1701 – 1714). Esta guerra foi pela sucessão da coroa espanhola, após a morte do último rei da dinastia Habsburgo.



História do absolutismo espanhol

 

A partir do século XVII, o Império Espanhol entrou em decadência, em função do atraso no desenvolvimento industrial e comercial (em relação a França e a Grã-Bretanha). Estas duas nações, ao contrário da Espanha, colhia os frutos do liberalismo na área econômica.

 

No começo do século XVIII, houve mudança na dinastia espanhola. Em 1700, a dinastia Habsburgo chegou ao fim, após assumir o trono o rei Felipe V, da dinastia Bourbon, neto do rei absolutista francês Luís XIV.

 

A dinastia Bourbon buscou recuperar o prestígio e poderio, que a Espanha tinha no século XVI. Para tanto, começou a implementar várias reformas na organização econômica e do Estado. Buscou também ampliar sua força, através de guerras contra potências europeias, principalmente na segunda metade do século XVIII.



Reformas da Dinastia Bourbon

 

As reformas implementadas pelo rei Carlos III foram de grande importância para o fortalecimento do absolutismo na Espanha. Dentre as principais medidas, podemos citar:

 

- Reestruturação da economia espanhola;

 

- Mudanças nas relações da Espanha com suas colônias, com o principal objetivo de aumentar a arrecadação de impostos para a coroa espanhola;

 

- Adoção de medidas para tirar poder das corporações, que intermediavam o comércio entre as colônias e a Espanha;

 

- Implementação de uma nova política de divisão territorial na Espanha e nas colônias americanas. O objetivo era aumentar o poder da coroa sobre as províncias, que passaram a se chamar Intendências.



Fim do absolutismo na Espanha

 

O absolutismo espanhol se enfraqueceu no começo do século XIX, após o domínio Napoleônico. A independência das colônias americanas, que começou no mesmo período, também favoreceu a diminuição do poderio monárquico espanhol.

 

Em 1873, após a abdicação do rei Amadeu I, teve início a Primeira República Espanhola.  



Principais monarcas absolutistas da Espanha:

 

- Felipe V (reinou de 1 de novembro de 1700 a 15 de janeiro de 1724).

 

- Fernando VI (reinou de 9 de julho de 1746 a 10 de agosto de 1759).

 

- Carlos III (reinou de 10 de agosto de 1759 a 14 de dezembro de 1788).

 

- Carlos IV (reinou de 14 de dezembro de 1788 a 19 de março de 1808).

 

- Fernando VII (reinou de 19 de março de 1808 a 6 de maio de 1808 e depois num segundo reinado de 1813 a 1833).

 

Retrato do rei espanhol Fernando VI

Fernando VI: outro exemplo de rei absolutista espanhol.

 

 

Pintura de um homem branco de cabelos pretos usando uma roupa da nobre vermelha com detalhes dourados

Rei Fernando VII da Espanha: governou entre 1808 e 1833

 

 



Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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Bibliografia Indicada

 

CAMPOS, Raymundo. Estudos de História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Editora Atual, 1988.


CÁCERES, Florival; PEDRO, Antônio. História Geral. São Paulo: Moderna, 1988.


MORAES, José Geraldo Vinci. História Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2010.


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