Guerra do Peloponeso

A Guerra do Peloponeso foi um conflito militar entre as cidades-estado de Atenas e Esparta na Antiguidade.


Guerra do Peloponeso: um dos maiores conflitos armados da antiguidade
Guerra do Peloponeso: um dos maiores conflitos armados da antiguidade

 

O que foi


A Guerra do Peloponeso foi um conflito militar entre as cidades-Estado de Atenas e Esparta. Ocorreu entre os anos de 431 a.C. e 404 a.C. Esta guerra foi relatada, detalhadamente, por dois historiadores da Grécia Antiga, Xenofonte e Tucídides.

 

Contexto histórico



Para compreender melhor esta guerra é necessário entender as diferenças que existiam entre Esparta e Atenas na antiguidade. Enquanto Esparta era voltada para o militarismo, Atenas era o centro político e cultural do período. Esta guerra também envolveu outras cidades-Estado que se alinharam com Atenas ou Esparta.

 


Principais causas da guerra:



Os espartanos viam com desconfiança e ameaça o desenvolvimento econômico e aumento da influência política de Atenas na região da península do Peloponeso.


Relações tensas entre às duas cidades-Estado e disputa pela hegemonia política e econômica na região.

 

A divisão ideológica entre a democrática Atenas e a oligárquica Esparta exacerbou a desconfiança mútua e dificultou resoluções diplomáticas.

 

 

Imagem Hoplitas, soldados com lanças e escudos

Hoplitas gregos na Guerra do Peloponeso.




Final da guerra e consequências



A Guerra do Peloponeso terminou em abril de 404 a.C., após a rendição de Atenas e a conquista espartana em Helesponto. Os espartanos deram suporte a um golpe oligárquico em Atenas, derrubando o sistema democrático e implantando um sistema de governo autoritário conhecido como Tirania dos Trinta.



O fim da guerra derrubou o poder de Atenas na península e resultou na hegemonia política e economia de Esparta na região, com seu sistema voltado para o fortalecimento militar.

 

Outra consequência foi o enfraquecimento militar das cidades gregas. Este fato facilitou a invasão macedônica a partir do ano 338 a.C.



Principais líderes da guerra:


- Liga de Delos (liderada por Atenas): Péricles, Cléon, Nícias, Alcibíades e Demóstenes.


- Liga do Peloponeso (liderada por Esparta): Arquídamo II, Lisandro e Brásidas.

 

Péricles, estadista, orador e estrategista ateniense

Péricles: um dos principais líderes da Liga de Delos durante a Guerra do Peloponeso.

 

 

Você sabia?

 

Péricles, o líder ateniense, adotou uma estratégia de evitar batalhas terrestres diretas com Esparta, confiando na força naval de Atenas. Esta estratégia levou a uma guerra prolongada e aumentou a destruição geral.

 



RESUMO SOBRE A GUERRA DO PELOPONESO:

 

Contexto histórico

- A Guerra do Peloponeso ocorreu entre 431 a.C. e 404 a.C.
- O conflito envolveu as principais cidades-estado gregas: Atenas e Esparta.
- Foi motivada por rivalidades políticas, econômicas e militares.


Causas do conflito

- A hegemonia ateniense na Liga de Delos gerou insatisfação entre as cidades-estado.
- Esparta liderou a Liga do Peloponeso para conter o expansionismo ateniense.
- Disputas comerciais e controle de rotas marítimas intensificaram as tensões.


Primeira fase: Guerra Arquidâmica (431 a.C. - 421 a.C.)

- Esparta lançou ataques terrestres contra o território ateniense.
- Atenas utilizou sua superioridade naval para bloquear portos espartanos.
- A peste em Atenas enfraqueceu a cidade, matando milhares, incluindo Péricles.


Segunda fase: Expedição Siciliana (415 a.C. - 413 a.C.)

- Atenas organizou uma grande expedição militar para conquistar Siracusa, na Sicília.
- A campanha foi um fracasso e resultou na destruição do exército e da frota ateniense.


Terceira fase: Guerra de Decélia (413 a.C. - 404 a.C.)

- Esparta, com apoio persa, construiu uma frota naval para combater Atenas.
- Esparta ocupou Decélia, cortando o abastecimento terrestre de Atenas.
- A derrota de Atenas na Batalha de Egospótamos levou ao colapso da cidade.


Consequências:

- Atenas perdeu sua frota, seus muros e sua hegemonia no mundo grego.
- Esparta tornou-se a principal potência da Grécia, mas enfrentou dificuldades para manter o controle.
- A guerra enfraqueceu todas as cidades-estado, abrindo caminho para a ascensão macedônica.

 

 

 

QUESTÕES SOBRE O TEXTO:

 

1. Qual das alternativas a seguir descreve corretamente a Guerra do Peloponeso?

a) Um conflito entre Esparta e Roma pelo controle do Mediterrâneo.
b) Uma guerra entre Atenas e Esparta que ocorreu entre 431 a.C. e 404 a.C.
c) Uma aliança entre Atenas e Esparta para combater a Macedônia.
d) Uma batalha naval entre Atenas e a Pérsia em 480 a.C.
e) Um período de paz entre as cidades-Estado da Grécia Antiga.


2. O que mais contribuía para a desconfiança de Esparta em relação à Atenas?

a) O crescimento econômico e a expansão da influência política de Atenas.
b) A política expansionista de Esparta no Peloponeso.
c) A aliança de Atenas com a Macedônia.
d) A invasão de Esparta pelo exército ateniense.
e) A dependência econômica de Esparta em relação à Atenas.


3. Qual das alternativas a seguir foi uma das principais consequências da Guerra do Peloponeso?


a) A restauração da democracia ateniense sob o comando de Péricles.
b) A hegemonia política de Atenas sobre a Grécia.
c) O fortalecimento das cidades gregas contra invasores externos.
d) A hegemonia política e militar de Esparta na região após a guerra.
e) A expansão do império macedônico sobre Esparta.


4. Quais eram as principais diferenças ideológicas entre Atenas e Esparta durante a Guerra do Peloponeso?

a) Atenas era oligárquica, enquanto Esparta era democrática.
b) Atenas promovia o militarismo, enquanto Esparta era mais cultural.
c) Atenas era democrática, enquanto Esparta era oligárquica.
d) Atenas defendia a monarquia, enquanto Esparta promovia a república.
e) Atenas e Esparta possuíam sistemas políticos muito semelhantes.

 



Gabarito:  


1. b
2. a
3. d
4. c

 

 




Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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Bibliografia e vídeos indicados:

 

Fontes de referência do texto:

 

EYLER, Flávia Maria Schlee. História Antiga – Grécia e Roma: a formação do Ocidente. Petrópolis: Editora Vozes, 2014.

VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil, São Paulo: Editora Scipione, 2005.

 

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