Deuses Astecas

Os deuses astecas formavam um complexo panteão politéista, cada um associado a aspectos específicos da natureza e da vida cotidiana, e eram adorados através de rituais elaborados e sacrifícios humanos para assegurar a ordem cósmica e a prosperidade.


Quetzalcóatl: o Pássaro Serpente era o deus mais venerado entre os astecas
Quetzalcóatl: o Pássaro Serpente era o deus mais venerado entre os astecas

 

Introdução


A mitologia asteca era repleta de deuses e deusas, pois a religião deste povo era politeísta. Os astecas costumavam fazer rituais de sacrifícios humanos e de animais para agradar ou acalmar seus deuses. Os deuses tinham forma humana misturada com animais e estavam diretamente ligados às forças da natureza e aos sentimentos humanos.

 

O panteão asteca era vasto, com pelo menos 200 divindades, cada uma com seu próprio domínio e significado. A mitologia dos astecas incluía mitos de criação e histórias que explicavam as origens do universo e da humanidade, muitas vezes traçando paralelos com outras mitologias mundiais.

 

Após a conquista espanhola, a religião asteca demonstrou sua resiliência por meio da assimilação de seus deuses na fé católica praticada pelos conquistadores. Esse sincretismo religioso permitiu que os astecas mantivessem sua identidade religiosa sob a aparência de santos e rituais católicos, mostrando o poder duradouro de suas crenças.

 

Principais deuses astecas e suas características:


Quetzalcóatl: representado no formato de "Pássaro Serpente" com corpo humano, era o principal deus da religião asteca. Representava a vida, a vegetação, os alimentos e a força espiritual existente nos indivíduos. Também representava o planeta Vênus.

 

Huitzilopochtli: era o deus da guerra e do Estado Asteca. Era o deus padroeiro da cidade de Tenochtitlán.

 

Tlaloc: deus da chuva que detinha o poder de produzir os relâmpagos e trovões. Era muito temido, pois também representava algumas doenças. Por representar a chuva, era muito cultuado entre os agricultores astecas.

 

Xiuhtecuhtli: deus do fogo e do calor.

 

Xipe Totec: deus da fertilidade.

 

Acuecucyoticihuati: deusa dos mares e das águas dos rios.

 

Atlacoya: deusa da seca.

 

Centeotl: deus do milho (principal alimento dos astecas).

 

Chalchiutotolin: deus muito temido entre os astecas, representava as pestes, doenças e pragas.

 

Chalmecacihuilt: deus do mundo subterrâneo e do sacrifício.

 

Chantico: deusa do fogo doméstico e dos vulcões.

 

Coatlicue: deusa terrestre da vida e da morte.

 

Ometeotl: deus da criação.

 

Cochimetl: deus das atividades comerciais e dos mercadores.

 

Ilmatecuhtli: criadora das estrelas, era considerada a deusa da beleza.

 

Xochipilli: deus do amor, das danças  e das flores.

 

Xólotl: deus do relâmpago e dos espíritos.

 

Xochiquetzal: deusa da fertilidade, do amor e da beleza física.

 

Tezcatlipoca: criador do mundo, era o deus das estrelas e da lua. Senhor da morte, era muito temido pelos astecas. 

 

Pintura do deus asteca Huitzilopochtli

Huitzilopochtli: deus asteca da guerra e do Estado.

 

 

 

Pintura de uma pessoa ao lado de uma cadeira

Xochiquetzal: deusa asteca da fertilidade, da beleza e do amor.




A importância dos deuses para os astecas:

 


1. Importância das divindades aagrícolas

As divindades agrícolas ocupavam um lugar significativo na sociedade asteca devido à dependência da civilização na agricultura para subsistência. Deuses como Chicomencoatl, a deusa do milho, eram responsáveis por fornecer aos astecas os recursos vitais necessários para a sobrevivência. A importância desses deuses é refletida nos rituais e oferendas feitos para garantir boas colheitas e a sustentação do povo.



2. Deuses e a vida cotidiana

Os deuses astecas não eram entidades distantes; eles faziam parte do cotidiano. Os astecas acreditavam que os deuses influenciavam todos os aspectos do mundo, da economia, como visto com o deus Yacatecutli que protegia os comerciantes, à criação de ferramentas e técnicas, como a rede de pesca e lança, atribuídas ao deus Opochtli.



3. Importância nos rituais


Rituais e sacrifícios humanos eram fundamentais para a religião asteca, com a crença de que tais atos eram necessários para apaziguar os deuses e manter o equilíbrio no mundo. Embora o sacrifício humano seja frequentemente destacado em relatos históricos, ele era apenas um aspecto do culto asteca, que também incluía oferendas de flores, alimentos e incenso.

 

 


 

Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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Bibliografia e vídeos indicados:

 

Fontes de referência do texto:

 

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, Bruno. Olhares da História – Brasil e Mundo. São Paulo: Ática, 2019.

 

MOCELLIN, Renato. História para o Ensino Médio. São Paulo: IBEP, 2014.

 

 

Vídeo indicado no YouTube:

O grande deus asteca: Quetzalcóatl | BATALHA DOS DEUSES | Canal History Brasil

 


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