James Ensor

James Ensor foi um pintor belga do movimento artístico expressionista.


James: um pintor visionário, que pintor temas estranhos
James: um pintor visionário, que pintor temas estranhos

 

Quem foi

 

James Ensor foi um pintor expressionista belga do final do século XIX e início do XX. Fez também trabalhos como gravador. É também considerado, em função das obras da segunda fase de sua vida artística, um representante do Surrealismo.

 

Pelo seu estilo inovador e polêmico, influenciou vários pintores expressionistas e surrealistas do seu período e dos posteriores.

 

Biografia resumida:

 

James Ensor nasceu em 13 de abril de 1860, na cidade de Ostende (Bélgica).

 

Interessado em artes desde a adolescência, Ensor estudou na Academia Real de Belas Artes de Bruxelas dos 17 aos 20 anos.

 

Fez sua primeira exposição aos 21 anos.

 

Entre 1880 e 1917, teve seu ateliê artístico no sótão da casa de seus pais, em Bruxelas.

 

Fez viagens para França, Holanda e Inglaterra, entre os anos de 1880 e 1892.

 

Em 1888, fez e apresentou sua pintura mais polêmica: A entrada de Cristo em Bruxelas.

 

Entre 1883 e 1893, fez parte do grupo, de pintores e escultores belgas, conhecido como “Os Vinte”.

 

James Ensor faleceu na cidade de Ostende (Bélgica), em 19 de novembro de 1949.

 

Pintura, autorretrato de James Ensor

Autorretrato (1890) de James Ensor.



Estilo artístico e principais temas:

 

Sua estética recebeu significativas influências dos pintores renascentistas holandeses Pieter Bruegel ("o Velho") e Hieronymus Bosch.

 

No início de sua carreira como pintor, fez obras com temáticas sombrias e realistas. Temas estranhos eram os preferidos do pintor.

 

Em sua segunda fase, optou por temas religiosos (ligados ao cristianismo). O sofrimento de Cristo foi o mais retratado neste período.

 

A escatologia (doutrina sobre o que vai acontecer no final do mundo) e o sarcasmo fizeram parte das últimas quatro décadas de sua carreira.

 

Retratou também, em suas pinturas, paisagens urbanas e natureza morta.

 

Ensor desenvolveu um método revolucionário de pintura mais adequado à sua agenda pessoal. Abandonando o uso do ilusionismo e da perspectiva unidirecional para organizar a imagem retratada, ele começou a construir volume com manchas de cor na superfície da tela.

 

Muitas de suas pinturas apresentam figuras em máscaras grotescas inspiradas nas vendidas na loja de presentes de sua mãe para o Carnaval anual de Ostende.

 

Sua principal técnica de pintura foi a do óleo sobre tela.

 

Embora seja mais conhecido agora por suas cenas de estranhas figuras de esqueletos, o trabalho de Ensor abrangia uma ampla gama de gêneros e humores: desde paisagem e marinha até sátira e comentário social.

 

Na fase final de sua carreira, aproximou-se do movimento surrealista, tanto no tocante ao estilo quanto aos temas abordados.



Principais obras de James Ensor (pinturas):

 

- O comedor de ostras (1882)

 

- Autorretrato com chapéu florido (1883)

 

- Os bêbados (1883)

 

- A entrada de Cristo em Bruxelas (1888)

 

- Máscaras confrontando a morte (1888)

 

- Esqueletos se aquecendo (1889)

 

- Os banhos em Ostende (1890)

 

- Os cozinheiros perigosos (1896)

 

- Retrato do artista cercado por máscaras (1890)

 

- No conservatório (1902)

 

- Carnaval na Flandres (1931)

 

- Eu e meu círculo (1939)

 

A entrada de Cristo em Bruxelas, obra de James Ensor

A entrada de Cristo em Bruxelas (1888), obra de James Ensor.

 

 

Pintura mostrando duas pessoas usando máscaras

Máscaras Escandalizadas (1883): óleo sobre tela de James Ensor.

 

 




Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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