Introdução: período e importância
Há cerca de 40 mil anos, os homens pré-históricos já se manifestavam artisticamente. Embora ainda não conhecessem a escrita, eles eram capazes de produzir obras de arte. A arte rupestre é composta por representações gráficas (desenhos, símbolos, sinais), feitas em paredes de cavernas ou nas superfícies de rochas de grande porte, pelos homens da Pré-História. Elas são de fundamental importância para o estudo da Pré-História, pois fornecem dados e informações para o entendimento do desenvolvimento cultural desta época.
Características principais da arte rupestre
O homem pré-histórico era capaz de se expressar artisticamente através dos desenhos que fazia nas paredes de suas cavernas. Suas pinturas mostravam os animais (principalmente cervos, bisões e cavalos) e pessoas do período em que vivia, além de cenas de seu cotidiano (caça, rituais, danças, alimentação, etc.). Expressava-se também através de suas esculturas em madeira, osso e pedra. O estudo desta forma de expressão contribui com os conhecimentos que os cientistas têm a respeito do dia a dia dos povos antigos.
Para fazerem as pinturas nas paredes de cavernas, os homens da Pré-História usavam sangue de animais, saliva, fragmentos de rochas, argila, etc.
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Pintura rupestre representando cena de caça (local: Cueva de las Manos, Argentina). |
Arte indígena
Além da arte pré-histórica vista no parágrafo acima, há outro tipo de arte primitiva: a realizada pelos índios e outros povos que habitavam a América antes da chegada de Cristóvão Colombo. Os povos: maias, astecas e incas são representantes da arte pré-colombiana. A história destes povos é contada através de sua arte (pinturas, esculturas e templos grandiosos, construídos com pedras ou materiais preciosos).
Arte Primitiva na atualidade
Nos dias de hoje também é possível encontrar arte primitiva; alguns exemplos são as máscaras para rituais, esculturas e pinturas que são feitas pelos negros africanos. Há ainda a arte primitiva entre os nativos da Oceania e também entre os índios americanos, que fazem objetos de arte primitiva muito apreciados entre os povos atuais.
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Pintura rupestre do Parque Nacional da Serra da Capivara (Toca do Boqueirão da Pedra Furada) |
Locais com pinturas rupestres no Brasil:
- Parque Nacional da Serra da Capivara em São Raimundo Nonato (Piauí)
- Parque Nacional Sete Cidades (Piauí)
- Cariris Velhos (Paraíba)
- Lagoa Santa (Minas Gerais)
- Rondonópolis (Mato Grosso)
- Sítio arqueológico da Serra do Cabral (Minas Gerais)
- Serra do Gentio, Serra do Garimpo e Pedra Pintada (Cocais, Minas Gerais).
- Peruaçu (Minas Gerais)
Locais com pinturas rupestres na Europa:
- Caverna de Les Trois-Frères - França (pinturas rupestres do Paleolítico Superior);
- Complexo de Cavernas de Lascaux - França (uma das mais conhecidas do mundo e Patrimônio Mundial da UNESCO);
- Caverna de Altamira - cidade de Santander na Espanha (arte rupestre do período Paleolítico Superior);
- Arte Rupestre do Val Camonica - Itália (pinturas feitas na Idade do Ferro).
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Arte rupestre nas cavernas de El Castillo (Espanha): maior conjunto de pinturas rupestres do mundo. |
Curiosidades:
- As pinturas rupestres mais antigas já encontradas estão na gruta de El Castillo, na província da Cantábria (Espanha). Elas foram feitas a, aproximadamente, quarenta mil anos e retratam imagens de animais e desenhos de mãos humanas. Todas as pinturas foram feitas na cor vermelha.
- De acordo com um estudo divulgado por antropólogos norte-americanos em 2013, as pinturas rupestres da Pré-História eram feitas pelas mulheres.
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Arte Rupestre numa caverna na Austrália. |
Atualizado em 11/01/2023
Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
Brasil Rupestre - Arte Pré-Histórica Brasileira
Autor: Prous, Andre; Jorge, Marcos; Ribeiro, Loredana
Editora: Zencrane
Arte Rupestre na Amazônia Pará
Autor: Pereira, Edithe
Editora: UNESP
Fontes consultadas para a elaboração do texto:
- GOMBRICH, E. H. A História da Arte. São Paulo: Editora LTC, 2013.
- MARSON, Antony. História da Arte Ocidental. Da Pré-História ao Século XXI. São Paulo: Rideel, 2010.